O que é KYC e por que é mencionado com frequência na Web3?
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AAG Marketing
set 29, 2022 7 mins read

O que é KYC e por que é mencionado com frequência na Web3?

Se você já passou algum tempo pesquisando criptomoedas ou o fascinante mundo da Web3, provavelmente já se deparou com a sigla “KYC” muitas vezes. Então, o que exatamente isso significa? KYC significa “conheça seu cliente”, este é um processo empregado por muitos setores para validar e identificar um indivíduo que utiliza seus produtos ou serviços.

Se você é adulto, provavelmente já foi submetido a KYC muitas vezes ao longo de sua vida, mesmo sem nem perceber, pois esta é uma prática padrão e essencial em muitos setores – incluindo também o de criptomoedas. Embora seja possível manter o anonimato em muitos cenários, o KYC simplesmente não pode ser evitado em outros.

Neste guia da AAG Academy, explicaremos com mais detalhes o que é KYC, por que existe e por que é uma parte importante das indústrias de criptomoedas e Web3.

O que é KYC e por quê ele existe?

Todos temos certa familiaridade com o KYC, uma vez que ele é usado em muitos cenários diferentes na nossa vida cotidiana. Se você já abriu uma conta bancária, solicitou crédito de qualquer natureza, contratou um celular, utilizou um serviço online, ou até mesmo comprou um produto pela internet, terá sido submetido a algum tipo de processo de KYC.

No mundo das finanças, o KYC é usado não apenas para distinguir um cliente do outro, mas, mais importante, para evitar fraudes, lavagem de dinheiro e outras atividades ilegais. Isso garante que um indivíduo realmente é quem afirma ser – e que pode ser responsabilizado por suas ações, caso escolha fazer algo ilegal.

O KYC ajuda a evitar que outras pessoas abram cartões de crédito ou façam empréstimos em seu nome e deixem você responsável pela dívida. Ajuda a prevenir a lavagem de dinheiro para disfarçar atividades ilegais, como tráfico de drogas e peculato. Também ajuda a prevenir o financiamento do terrorismo, assim como muitas outras coisas que não queremos permitir em uma sociedade civilizada.

O uso de KYC no setor de criptomoedas pode ser um pouco controverso, pois, por muitos anos, usar criptomoedas foi uma forma de evitar processos como esses e permanecer anônimo. No entanto, em certas situações, ou se você quiser usar certos serviços como uma exchange centralizada, o KYC simplesmente não pode ser evitado – e na maioria dos casos, por um bom motivo.

KYC tradicional versus KYC em cripto

O KYC tradicional, como o realizado por um banco ou credor, envolve vários processos de triagem que visam confirmar que um indivíduo é realmente quem afirma ser. Normalmente, exige que você confirme sua identidade, talvez com uma certidão de nascimento ou passaporte, e outros detalhes pessoais, como seu endereço. Muitas vezes envolve a verificação de seu histórico de crédito também.

​​O KYC tradicional, em muitos casos, também envolve o monitoramento contínuo de um indivíduo. Por exemplo, os bancos mantêm o controle sobre o que você compra, para quem você envia dinheiro e de onde vem seu dinheiro para garantir que suas atividades sejam legais e que você não esteja abusando dos serviços oferecidos por eles. Todas essas coisas são práticas obrigatórias impostas pelas regras de conformidade financeira.

No setor de criptomoedas, o KYC serve basicamente ao mesmo propósito: seus principais objetivos são confirmar que um usuário realmente é quem afirma ser e que não está usando determinados serviços para fins ilegais. Isso torna os sistemas de criptomoedas, e do setor financeiro como um todo, mais estáveis, mais fidedignos ​​e confiáveis.

Assim como os bancos, certas empresas de criptomoedas – principalmente exchanges centralizadas como Binance, Coinbase e Kraken – são regulamentadas por autoridades financeiras em muitos países e, portanto, são legalmente obrigadas a realizar KYC. Isso inclui coletar o nome de um usuário, endereço, data de nascimento e outras informações identificáveis – e exigir uma identificação oficial.

Como o KYC funciona no setor de criptomoedas?

O KYC no setor de criptomoedas funciona da mesma maneira que em todo o restante do setor financeiro. Portanto, ao se inscrever em uma conta centralizada de câmbio com a Binance, por exemplo, você deverá enviar o seguinte:

  • Seu nome legal
  • Sua data de nascimento
  • Seu endereço
  • Um documento de identidade oficial

Um documento de identidade oficial, dependendo das próprias regras da exchange, pode ser um passaporte, carteira de motorista, outro tipo de documento de identidade emitido pelo governo ou seu número de seguro social. Você também descobrirá que essas exchanges só permitirão que você vincule seu próprio cartão de crédito à sua conta, portanto, tentar comprar criptomoeda com o cartão de outra pessoa não funcionará.

O dever de realizar o KYC é o motivo pelo qual a inscrição em exchange centralizada pode demorar um pouco – de várias horas a vários dias – e não é instantânea como criar uma carteira descentralizada, que normalmente não requer nenhum tipo de KYC. A exchange deve usar as informações que você forneceu para verificar quem você é.

Além disso, muitas exchanges centralizadas realizarão verificações periódicas, assim como os bancos, para garantir que você não esteja abusando de seus serviços para facilitar atividades ilegais.

Quais os benefícios do uso do KYC no setor de criptomoedas?

Existem muitos benefícios para o KYC no setor de criptomoedas, sendo que o principal deles é nos proteger como usuários. O KYC faz com que seja incrivelmente difícil para outra pessoa criar uma conta em uma exchange centralizada usando suas informações ou comprar criptomoeda usando seu cartão de débito. Isso nos poupa de possíveis roubos de identidade e fraudes que podem ser incrivelmente difíceis de corrigir.

O KYC também pode ajudar a conter o cibercrime e outras atividades ilegais. O anonimato que o mundo de criptomoedas não regulamentado oferece pode alimentar coisas como ataques de ransomware, nos quais hackers bloqueiam seu computador até que você envie um pagamento pesado para um endereço de carteira anônimo. Se o anonimato fosse mais difícil de conseguir, esses ataques seriam menos comuns.

O mesmo pode ser dito para outras atividades ilegais nas quais as criptomoedas desempenham um papel importante. Por muitos anos, a criptomoeda tem sido associada ao crime porque é tão comumente usada para proteger a identidade dos envolvidos. O KYC pode ajudar a mudar isso e melhorar a imagem do setor de criptomoedas na sociedade convencional.

Referências

Perguntas Frequentes

Sim, é possível comprar criptomoeda de uma exchange descentralizada sem KYC. No entanto, as exchanges descentralizadas não aceitam cartões de débito, portanto, pode ser necessário usar uma exchange centralizada que use KYC para adquirir outra criptomoeda inicialmente.

Quando você compra criptomoeda sem KYC, não há prova de quem esteve envolvido na transação. Em outras palavras, se você precisar de suporte mais tarde ou se sua criptomoeda for roubada e você quiser recuperá-la, será difícil de provar que foi você quem a comprou.

A maioria das exchanges descentralizadas não usa KYC.

Não. Embora a maioria das carteiras centralizadas, como as oferecidas por exchanges centralizadas, tendam a usar o KYC para cumprir os regulamentos financeiros, as carteiras de criptomoedas descentralizadas não o fazem.

Existem riscos associados a quase tudo que você faz quando se trata de negociar criptomoedas – ou usar moedas de qualquer tipo. No entanto, as blockchains são incrivelmente seguras por natureza, então a probabilidade de uma violação de dados é incrivelmente baixa.

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Esse artigo foi feito para divulgar informações gerais para ajudar a educar um segmento amplo do público; não deve servir como informações de investimento, legais, ou como qualquer outro tipo de recomendação profissional ou empresarial. Antes de tomar quaisquer ações, você deve sempre consultar seu próprio profissional legal de finanças, de imposto, de investimento ou qualquer profissional que possa dar recomendações em assuntos que afetem a você e seu negócio.

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